quinta-feira, 9 de setembro de 2010

ESMURRO O MEU CORPO



por Caio Fábio

Esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que depois de ter pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado. Paulo


Uma declaração como esta de Paulo é objeto de rejeição natural por parte de quase todas as escolas de psicologia e psicanálise.

O que se diz é que se trata de um comportamento de repressão instintual, em razão de que para Paulo o “corpo” existiria em contraposição ao espírito. Assim sendo, Paulo diria “não” a todas as suas pulsões instintuais, quase todas “imorais” ou “a-éticas” e, portanto, contrárias ao comportamento cristão, mas cuja supressão ou repressão seria extremamente danosa ao ser, fosse gerando sombra, fosse criando um neurótico do são comportamento.

Mas a revelação do sentido da saúde humana no Evangelho nem sempre leva sempre em consideração os axiomas das ciências da alma.

Para Jesus, por exemplo, para o bem do ser, há coisas, membros, pulsões, desejos, caprichos, poderes, etc., que precisam ser cortados de nós (mãos, pés, olhos) a fim de que não se perca a inteireza do ser. Ora, isso é "anti-psicológico”.

Paulo diz o que acima declarou. Esmurrava e reduzia os âmbitos das pulsões e dos desejos a fim de não se tornar escravo enquanto falava de liberdade. Ora, isso também não é “psicologicamente sadio”, diriam muitos.

Entretanto, no próprio texto, Paulo admite que haja um eu profundo que faz a gestão do que é meu (corpo), mas não sou eu. Sim! É meu, mas não sou eu.

É o “meu” contra o que sou “eu” justamente aquilo que, em nome do meu, se impõe contra a vida, como direito do instinto, expresso na linguagem do “corpo”.

Há, todavia, um eu (eu reduzo meu corpo à escravidão), o qual não é instintual no desejo, mas consciente nas decisões que toma visando algo maior e mais elevado do que a basicalidade do instinto sem dono.    

Assim ficaria o texto de Paulo:

Eu esmurro o meu corpo e eu o reduzo à escravidão, para que depois de eu ter pregado a outros, eu não venha a ser desqualificado.

Desse modo há um eu que deve ser maior do que o que é meu sem ser eu, no sentido mais profundo do termo.

O que de fato gera sombra e neurose no ser não é a negação do instinto quando deseja colocar o eu sobre a escravidão dos desejos e caprichos.

O que gera sombra e neurose é justamente negar ao eu a verdade, entregando-se aos desejos caprichosos como se fossem essenciais e senhores de nosso sentido de ser.

Ou então, neurose e sombra crescem em nós quando entramos no processo de negação da verdade em razão de nos submetermos às leis externas da moral e do capricho, quando elas nada têm a ver com a verdade do Evangelho.

Hoje há muita gente pensando que liberdade em Cristo é a graxa que enseba nossos caprichos como se fosse unção para pecar, e isso sem nem mesmo se ter a consciência de que se está pecando contra o sentido da vida.

Também há daqueles que chamam o que é meu como se fosse o que seja eu. O meu é meu, mas não sou eu. Eu sou maior do que o que é meu. O eu não é feito de coisas que não sejam apenas o eu em essência.

Desse modo, sem neura e sem frouxidão, sou chamado a dizer não à escravidão dos desejos e caprichos que existem em mim apenas esperando serem chamados de “eu” pela minha entrega aos caprichos.

Quem assim entende, dá ao corpo (instinto) todas as comidas das quais o corpo-instinto se serve, desde alimentos até sexualidade e sensorialidade sadias. Mas não se entrega aos desejos absurdos do corpo de escravidão.

O Evangelho, sendo seguido, não introjeta sombra quando alguém reduz o corpo à escravidão. O que introjeta sombra é moral como mentira; é a média das opiniões feitas lei, e sem razão de ser. O que introjeta sombra é negação daquilo para o que a verdade diz sim mas a moral diz não. É somente na luta contra a verdade que as sombras crescem em nós.

Pense nisso!


Nele, que é Aquele que disse que mãos, pés e braços desarmônicos com o eu podem e devem ser amputados para que o eu fique inteiro,


Caio  

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Um passo atrás



Por Fernando Khoury

"Refleti em meus caminhos e voltei os meus passos para os teus testemunhos. Eu me apressarei e não hesitarei em obedecer aos teus mandamentos."
Salmos 119.59

"Se meus passos desviaram-se do caminho, se o meu coração foi conduzido por meus olhos, ou se minhas mãos foram contaminadas, que outros comam o que semeei, e que as minhas plantações sejam arrancadas pelas raízes".
Jó 31.7

“Esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus."
 Filipenses 3.13

“Disse-lhes Jesus: Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve”
 Mateus 11:28-30

Quando se está à beira de um precipício, dar um passo atrás, na verdade, é dar um passo à frente.

Sim, existem momentos em que é preciso voltar atrás para poder avançar. É preciso tirar os olhos fitos no futuro e fixá-los por um instante no passado, para superar traumas e problemas mal resolvidos que lá ficaram aprisionados juntos com nossas almas.


Dar um passo atrás, às vezes, significa seguir adiante...progredir.
Chorar a perda para poder sorrir.
Perder para aprender a valorizar.
Sentir-se só para sentir saudade.

Assumir a derrota para saber vencer.
Fechar algumas portas para abrir novos horizontes.
Aceitar o medo para alcançar coragem.
Admitir o erro para aprender com ele.
Lembrar para poder esquecer. E esquecer para recomeçar. Perdoar.
Reconhecer a própria fraqueza para se humilhar. E se humilhar para ser exaltado. Pedir perdão.


Desvelar as cicatrizes para conseguir tratá-las.
Derramar lágrimas para lavar a alma.
Libertar-se do passado para viver o presente.
Esvaziar o interior de tudo que é efêmero para encher o coração do que dura para sempre.

Morrer para o mundo, a fim de nascer de novo para Aquele que faz tudo novo.

Asfixiar o peso que sufoca a alma e, assim, respirar o Amor que dissipa toda culpa.
Diminuir o meu eu para que em mim, em meu inóspito jardim, volte a crescer Deus...volte a brotar a paz que um dia eu perdi: a paz que excede todo o entendimento.

Começar do zero, como se nada tivesse acontecido. Como se não houvesse marcas, lágrimas, decepções. Como se nunca tivéssemos sentido dor ou frustração. Como se nunca tivéssemos sentido culpa. Como se não houvesse rugas em nossa face, mas apenas a suavidade e a leveza da pele intocada e inocente de um bebê.
Renascer, recrescer. Renovar, revigorar, reconciliar.

Caminhar, passo a passo, cair. Enxugar as lágrimas, recomeçar, continuar caminhando. Sem parar, sempre em frente...pois recomeçar é dar um passo à frente. Mas dar um passo à frente, às vezes, é dar um passo atrás.
Por isso, pare de caminhar por um instante. Faça uma breve pausa e reflita se você precisa dar um passo atrás. Porque para existir recomeço, não pode existir passado ferido.


segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Vil Violência





por Carlos Rocha

Violência

Não quero encontrar rimas perfeitas, muito menos criar uma poesia, agora, quero apenas desabafar sobre uma infeliz realidade que acontece a todo instante e em qualquer parte deste (i)Mundo. Mundo este, para quem saber viver e respeitar e amar e (i)Mundo para quem desrespeita com ações que seguirão neste espaço.

Mulher e homem: fisicamente(!), sexos opostos. A mulher é conhecida como o "sexo frágil". Fisicamente(!), concordo pela denominação da frase, mas em sua grandeza, a mulher é uma GIGANTE GUERREIRA (merecidas as letras maiúsculas!)

Fui e todos nós fomos gerados por uma mulher. Só elas sabem a emoção de presentear o Mundo com uma benção como um filho, em todos os aspectos os 9 meses que carregou aquela pequena semente dentro de si até a dor incontrolável do parto e ser emocionada e presenteada sem explicações quando seu lindo fruto a reconhece apenas por seu cheiro e pára de chorar quando está em seus braços pela primeira vez. Como explicar esta maravilha de Deus?

Sempre haverá discussão em um relacionamento entre um homem e uma mulher, isto é óbvio. Discordâncias estarão sempre existentes, assim como as elevações do ego e da voz para querer mostrar seu lado emocional ou irracional no determinado momento de (des)humanidade. A mulher é sim, mais fraca fisicamente do que o homem (excessões à parte), mas vamos generalizar uma das questões que afunda a Terra. Desde a época dos homens das cavernas que os machos possuem superioridade física em relação ao membro feminino. E estas forças eram usadas como superioridade do macho para impor-se sobre a fêmea.

2010! - e isto ainda não mudou! Covardes! Covardes! Covardes! Covardes!...são estes homens que xingam, que humilham, que batem ou humilham as mulheres de qualquer que seja a forma. Elevando ao seu grau mais insano e ridículo da forma, a violência física. Sinto nojo de chamar de homem estes que agridem fisicamente as mulheres! É fácil, mas muito fácil poder obter vantagem sobre um ser inferior (fisicamente) sobre nós. É por isto que os esportes de luta são determinados por CATEGORIAS...

...Vemos diretamente nas mídias casos de violência de COVARDES sobre mulheres. Sinto nojo e raiva cada vez que assisto uma notícia destas. Jesus nos ensinou a não querer a vingança, mas confesso sentir vontade de ir para um ringue com um destes covardes que violentam as mulheres. Vejo em diversos momentos COVARDES denegrindo de qualquer que seja a forma as mulheres, pergunto-me por que eles não tentam fazer isto com homens. Sim, homens! Poxa! Por que eles não tentam convidar nosso grande Anderson Silva, Campeão de UFC para brigar?! Ora! "Machões", desculpe, errei a palavra: COVARDES!!

Respeito, amor, estes são os sentimentos que qualquer mulher merece. Discordância em algum momento entre dois seres?...CONVERSE com educação! Quer ser valente e mostrar que acha que sabe bater? Não quero incentivar a violência, mas você COVARDE, procure um lutador para você ver o quanto é bom.

Espero que isto um dia acabe, que estes COVARDES tenham tempo de aprender o que é o respeito e o amor.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Pensamentos limitantes e negativos

 


"A crença limitante te diz coisas como “eu sou incapaz de fazer” , “outras pessoas são mais espertas do que eu”, “não sei ganhar dinheiro” e por aí vai. O fato é que essas crenças passam a fazer sentido na sua vida e você portanto, fica limitado aos velhos padrões."


Continue lendo...

http://www.naturalcoaching.blog.com/

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Jorge Drexler - Fusion

domingo, 22 de agosto de 2010

A IGREJA SUBVERSIVA E CLANDESTINA CONTINUA CRESCENDO



por Carlos Bregantim
 

Todos os dias,  recebo noticias e testemunhos de cristãos que estão se reunindo, se encontrando fora dos chamados guetos evangélicos, católicos ou, fora do sistema religioso institucionalizado. 

Há uma igreja clandestina crescendo. 

Nas estatísticas oficiais, eles são designados de “os sem igreja” Cristãos se encontrando informalmente para estudar e reler o evangelho de Jesus. Cristãos se reunindo para orar. Cristãos se encontrando para desenvolverem projetos sociais. Cristãos que se cansaram de defender as cores de suas denominações ou grupos religiosos, muitos, às vezes, sectários, radicais, inflexíveis. Cristãos feridos pelo sistema religioso que estão encontrando cura no serviço cristão. Cristãos se voluntariando em hospitais, asilos, creches, cadeias, favelas e em ONGS sérias que visam o bem da humanidade em todos os seus aspectos e necessidades.. Cristãos encontrando comunhão saudável em lugares os mais diversos. Cristãos se envolvendo em causas justas, não importando quem as iniciou, isto é, de quem foi a idéia. Cristãos  cobeligerando em nome da paz, da justiça, do bem comum. Cristãos sendo apenas cristãos e não religiosos. 

Sabe-se que em paises ainda repressivos, esta igreja clandestina, subversiva cresce. Cresce nos porões e misturada no meio do povo e em ações comunitárias absolutamente relevantes. 

É impossível enumerar os cristãos que dizem estarem melhor fora dos seus guetos religiosos. 

Confesso que noutros tempos isso me angustiava, mas, hoje, hoje não. Por conta do que se tornou o chamado “mercado religioso”, hoje, confesso, prefiro ver o engajamento de muitos cristãos em movimentos comuns, de rua, de curtiços, das favelas, de sem terra e sem tetos. 

Movimentos em favor da ética. Movimentos em favor da ecologia pensando no aquecimento global e no bem estar do mundo. Gosto de saber que há meninos e meninas se encontrando em lugares públicos para ler o evangelho, orar e desenvolver amizades espirituais. Gosto desta clandestinidade. Gosto desta subversidade. Gosto do sal diluído no meio da multidão. Gosto da luz em lugares que antes eram só trevas. 

Hoje, quando ouço os reclamos do interminável contingente de pessoas, queixando-se dos males que estão sofrendo em seus sistemas religiosos, em seus guetos evangélicos, em seus modelos de espiritualidades, confesso, não consigo  mais encoraja-los a ficar ali. Erncorajo-os a encontrarem outros irmãos e se reunirem em algum lugar e ali celebrarem a fé, a  amizade, o amor, a solidariedade, ler o evangelho e buscar interpreta-lo e traduzi-lo pra vida.  

Não consigo e  nem quero mais participar de rodas em que o tema é os que estão explorando a boa fé de muitos. Cansei disto. Não tenho animo para insistir em denuncia-los, até porque a imprensa já o faz diariamente tal o tamanho deste quadro que chega ser tragico.  O ministério publico tem feito. Na verdade, a maioria das situações denunciadas são casos de policia e muitos estão sendo investigados, processados e presos. Acho que este é o caminho melhor, isto é, denuncia-los à justiça e deixar que esta os enquadre conforme as conclusões judiciais.  

Penso que aos cristãos cabe apenas serem cristãos. 

Quem disse que era pra ser assim? Qual a instituição religiosa  que Jesus organizou? Segundo o que entendo no evangelho, não há mais lugar santo, nem dia santo, nem púlpito santo, nem encontros santos. Não há mais o clero que intermediava entre o homem e Deus. O véu do templo se rasgou e não apenas nós podemos chegar lá mas a Glória do Eterno vazou para nós.  

Creio nesta igreja clandestina, subversiva, invisível, diluída no meio das pessoas. 

Creio nestes encontros simples. Creio nestas reuniões extra-oficiais.  Hoje, não há porque ficar aprisionado a um sistema religioso  que sobrecarrega seus adeptos com cargas insuportáveis de dogmas, maldições, chantagens, coerção, pressões psicológicas, que espalham o medo, o terror.  

Minha palavra aos que reclamam disto é, porque você continua lá? O que te prende? Deus não é. E se Deus não é, quem é? Ou é o poder de persuasão de homens e mulheres que exercem tal domínio sobre muitos ou é de outra origem que nem quero aqui citar.  

Quero fazer parte desta igreja que cresce na clandestinidade, na subversidade, no anonimato, no meio do povo. 

Quero fazer parte desta igreja que se espalha, se dilui, e, como água, penetra os lugares impenetráveis. Quero essa igreja, que não tem sede e nem utensílios caros e muito menos um clero ditando o que deve ou não ser feito. A resposta aos exploradores de almas e de bolsos será dada quando os  cristãos deixarem de alimenta-los, sustenta-los, enriquece-los, paparica-los, louva-los, exalta-los, ovaciona-los.  

Parem de contribuir para seus projetos megalomaníacos de construir suas torres. 

Contribua com aqueles que,  se você, seus filhos, seus pais e amigos estiverem num hospital, eles irão visita-los. Contribua com os que visitam os presos em cadeias. Contribua com os que estão militando entre os necessitados e você sabe seus nomes, conhece suas famílias. Sabe onde moram. 

Pare de contribuir com os que estão construindo mansões. Pare de contribuir com os que vivem voando pelos ares em seus jatos particulares. Parem de contribuir com aqueles que tem motoristas particulares e carros importados pagos a preço de ouro e com as ofertas de gente simples. Pare de contribuir com aqueles que só usam roupas de marca. 

Contribua com  os que estão aconselhando seus filhos pessoalmente. Conhece-os pelos nomes. 

Contribua com aqueles que você pode ligar de madrugada e eles os atendem. Contribua com aqueles que você sabe o numero do celular e quando você liga, eles atendem. Contribua com aqueles que lhes respondem os e-mails. Contribua com aqueles que te atendem em horas de desespero. Contribua com aqueles que foram nos funerais de seus familiares e choraram com você e sua família. Contribua com homens e mulheres que você já chegou perto e viu, testemunhou que são seres humanos normais. 

Não contribua com semi-deuses. 

Contribua com aqueles que você pode tratar pelo primeiro nome. Tenho pra mim que esta é a melhor forma de denunciar e destronar estes que vivem da miséria de tantos. Se você faz parte de um pequeno grupo, uma pequena comunidade onde você é tratado com dignidade, pelo nome e o que ali é ensinado e feito, todos sabem e nada esta debaixo dos tapetes, fique ai e contribua com  seus recursos. 

Não contribua pra manter programas de radio e televisão de ninguém a não ser que você tenha absoluta certeza que seus recursos de fato estão sendo investidos de maneira correta. 

Contribua com  aqueles a quem você tem acesso. Contribua com os que te ouvem. Contribua com os que te atendem. Contribua com gente que tem ouvidos e sensibilidade para com você e os seus próximos.  

É por isto que creio nesta igreja clandestina, subversiva, pois, ela pode não ser conhecida da mídia, mas, é conhecida nas ruas, nas favelas, nos guetos, nos hospitais, nos asilos, nas creches, nas escolas, nas cadeias, nas unidades da Febem, e em tantos outros lugares. 

Oro pra que esta igreja cresça. Oro pra que milhares de pequenos grupos  sejam constituídos. Oro para que os movimentos como Caminho da Graça e outros nunca se institucionalizem a ponto de se tornarem tão pesados que não consigam mais atender as pessoas. 

Oro, oro mesmo, pra que Jesus seja visto e conhecido em lugares simples, em encontros simples, no meio de gente simples e ali, Ele cure, restaure, reconcilie, reconstrua, salve, ressuscite, enfim, que Ele faça aquilo que só Ele pode fazer. 

Creio nesta igreja.

Com carinho.
Carlos Bregantim

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

AFINAL, QUAL É A CRISE DA IGREJA EVANGÉLICA?




“Se algum dia conhecemos a Jesus segundo a carne, já, agora, todavia, não o conhecemos desse modo”—Apóstolo Paulo.

“O Evangelho não foi provado e julgado falho. Ele foi julgado difícil e portanto permanece não provado até hoje”—Soren Kierkegaard



Alguns dizem que “a crise da igreja evangélica é uma crise de conteúdo”, conforme li numa declaração de um “pensador evangélico” recentemente.

Ora, se for “evangélico”, não é pensador; e se for pensador, não será mais “evangélico”.

Ninguém que pensa, é “evangélico”. Não mais hoje em dia. Nem tampouco ninguém que sente com verdade é “evangélico”. Não mais hoje em dia!

Portanto, saibam os “evangélicos”: se pensar, não é “pensador evangélico”; assim como se tiver alma, não será “psicólogo evangélico”. Daí, para mim, a frase “pensador evangélico” ou “psicólogo evangélico” ser uma impossibilidade da mente e da alma.

No mesmo texto ao qual antes me referi decretou-se a morte do “movimento evangélico”.

Engano! Isto não acontecerá!

A “igreja evangélica” não morrerá. Ela já está morta. Todavia, o “movimento evangélico”, saibam todos, não morrerá. Sim, ficará aí... e será o que todas as outras religiões são, mesmo as mais “mortas”; apenas com uma diferença: os evangélicos são os menos sofisticados de todos, à exceção, talvez, dos islâmicos fanáticos.

Quem dera a “crise evangélica” fosse tão simples!

A questão é que quem não conhece os proponentes dessas coisas e nem sabe o que é “conteúdo” para eles, fica pensando que trata-se de algo denso e sólido. Mas não é. De fato é algo morto já faz tempo, e que tentou ser uma alegria para muitos, mas não foi, posto que não se ancorava na Graça, mas na Teologia.

Quando falam em “conteúdo”, conforme o texto ao qual faço aqui referencia, eles evocam a idéia de uma teologia meiga, e que seja bonitinha, palatável, suavemente psicologizada, politicamente correta, socialmente solidária, discreta, pensativa, reflexiva, que evoque a ternura de Deus como Pai e que gere uma ética de etiquetas morais disfarçadas de integridade.

Ou seja: os tais “conteúdos” são coisa ainda do jardim da infância da realidade, conforme o Evangelho, posto que na melhor das hipóteses fazem com que o indivíduo seja agradável e saiba se comportar socialmente, para fins de consumo relacional... isso quando tudo está em ordem... Porém, os mesmos “conteúdos”, fazem esses mesmos indivíduos serem completamente “judiciosos”, completamente “teóricos”, profundamente “apenas teo-lógicos”, imensamente “racionais”, ou, quando não são "racionais", são, entretanto, ainda filhos de uma "mística sistêmica”; ou seja: aprendida, não necessariamente experimentada.

Do ponto de vista da existencialidade tais conteúdos não realizam nada, a menos, como já disse, que esteja “tudo bem”.

Não liberta da inveja, do orgulho, da vaidade de pensamentos, do espírito faccioso, do direito ao escândalo, da sensualidade adoecida, da espiritualidade livresca, das fobias de alma, da insegurança de ser, da necessidade de parecer ser, de pavonêscas sofisticações, do academicismo vazio, das muitas e muitas reuniões lindas e singelas, porém, cheias de nada...

Ou seja: tais “conteúdos”—que se são confessados é porque por eles são “conhecidos”, do contrário, que certeza se teria acerca de sua validade?—não produziram nada nas vidas de seus proponentes senão apenas as coisas por mim acima mencionadas, e que eles sabem muito bem serem verdadeiras.

Sim, eles terão que se arrepender de tais “conteúdos”!

Esses “conteúdos” são uma bolha de teorias apenas úteis para que um grupo de meninos se encontre com outros meninos e mostrem uns aos outros os seus joguinhos virtuais, pois, de fato, em nada afetam a realidade; coisa essa que eles nem ainda sonham em saber o que é.

Sim, tais “conteúdos” são ainda fruto da produção mental de uma tentativa protestante-iluminista, ou, às vezes, de uma busca de experimentar uma espécie de Renascença Cristã. Mas não são nada que se relacione à visceralidade radical do chamado do Evangelho.

“Conteúdo” muitas gente tem entre os evangélicos. Mas e daí? Tais “conteúdos” não são vida, são ainda apenas letra; letra bela, bem escrita, às vezes até poética, porém Letra, nada mais que letra...

A crise dos evangélicos é bem mais profunda, e, entre outras coisas, inclui também esses “conteúdos” que alguns dizem que é o que falta na igreja.

Deus me livre! Se a igreja for visitada pelos “conteúdos” deles teremos apenas um monte de frouxos, profetas de si mesmos, reis da média, profundamente convenientes, educadamente traiçoeiros.

Ora, de fato, os tais “conteúdos” são parte da crise que eles dizem existir (e com que atraso enxergam o óbvio, antigo e já fóssil!).

Conquanto haja muitos para os quais a tal falta de “conteúdo” possa ainda ser algo relevante, há, todavia, um monte de gente com tais “conteúdos” entre os evangélicos, porém isso não faz diferença alguma, assim como nunca fez nenhuma diferença em qualquer outro tempo, visto que tais “conteúdos” são apenas o "álibi eterno" por eles usados para criticar sem se aventurarem a dizer: “Venham! Vamos juntos! Vamos aprender juntos! Vamos ser irmãos uns dos outros! Vamos confessar nossos pecados, invejas, doenças e maldades piedosas, e, juntos, vamos iniciar a jornada do Caminho da Vida, andando sem ter nada do que se gloriar senão na Cruz de Cristo!”

Não! Eles jamais farão isto. Eles apenas assistirão. Opinarão. Farão analises. Masturbar-se-ão com suas próprias repetidas e copiadas idéias. E nada acontecerá. Posto que não têm coragem de nem mesmo se encarar, quanto mais a coragem de botar a cara para fora, para apanhar pela fé, e para viver a realidade do Conhecimento de Deus não como “psicologia de retiro espiritual”, mas como vida na esquina, nas ruelas, no meio das mais agudas angustias humanas, nas perdas e nos ganhos, nos lutos, nas alegrias, nos céus e no abismo.

Somente quando se fica sabendo na experiência da Graça de Deus que “as trevas e a luz são a mesma coisa” é que se conhece de fato a Deus como mistério. Ora, o fruto de tal conhecimento é paz!

Eles ainda não entenderam que parte da maldição é ainda essa “herança grega” do engano de pensarmos que “conteúdos” são coisas a serem aprendidas com a cabeça, ou com a periferia do coração.

“Pensar os conteúdos” é outra frase feita que eles adoram!

Ora, o conteúdo da Palavra não é a mesma coisa que eles chamam de “conteúdo”.

A real crise evangélica—e aí se pode botar nesse saco tudo e todos que não são católicos—é a crise do total não conhecimento experiencial da Graça de Deus.

Sim, fala-se em Graça. Mas apenas "fala-se". E, quando se fala, fala-se de algo que a maioria nem sabe o que é, a não ser pela definição filológico-teológica da palavra.

A Graça de Deus não é uma doutrina e nem é um discurso acerca de um “Deus melhorzinho”.

A Graça é melhor que a vida. E a Graça só pode ser conhecida como experiência da vida como transcendência e imanência real em Deus pela fé, num salto de entrega total que a maioria não tem coragem de dar.

Ou seja: o sujeito que crê, experimenta...!

Conforme a linguagem chocante de Marcos 16... “certos sinais seguem...” Em outras palavras: não é blá, blá, blá... É vida de fé e coragem, é risco, é entrega, é confiança, e é alegria, contentamento e paz no Espírito Santo.

Na Graça de Deus não se fica sabendo acerca de Deus, mas se conhece a Deus.

Ora, é essa falta de experiência do conhecimento real de Deus em fé, na Graça, e conforme o espírito do Evangelho, aquilo que asfixiou a igreja evangélica, e matou a sua alma. De tal modo que ela existirá como zumbi... e só não morrerá porque já morreu.

A fé em Jesus, todavia, segue firme e inabalável, posto que quando os odres velhos se derramam... e para nada mais aproveitam... nem por isso a fonte do vinho novo cessa de brotar, posto que a Videira Verdadeira não deixa jamais de produzir fruto mediante os ramos que permanecem nela, vivendo em total entrega e confiança, sabendo que sem que se esteja ligado a Jesus, nada se pode fazer. Muitos menos “produzir conteúdos”.

A igreja evangélica já foi um problema para mim. Hoje, sinceramente, não é mais.

Creio que muitos evangélicos ainda se converterão ao Evangelho da Graça de Deus, e creio que muitos ainda experimentarão a vida abundante e confiante que há em Jesus.

Mas sei que isto só acontecerá quando eles desistirem de tudo, e quando abandonarem a pretensão de definir “conteúdos”, ou de darem uma açucarada em Deus para fins de melhor palatabilidade.

Todavia, só saberão do que eu estou aqui falando no dia em que experimentarem o benefício da paz e da pacificação total do coração mediante a confiança que é fruto do conhecimento real de Deus, e não de sua projeção teológica.

Quem entender, entenda!


Caio

terça-feira, 17 de agosto de 2010

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Você crê?

sábado, 7 de agosto de 2010

Oração de um órfão


Oração de um órfão

Autor: desconhecido (estou procurando)



Papai Noel, você que não se atrasa
Na visita anual que faz à Terra
Vê se faz voltar à minha casa
O meu papai que foi brigar na guerra



Vê se você, que pode mais que a gente
E que tem uma força sem igual
Me pode dar agora esse presente
Nessa noite milagrosa do Natal


Ele partiu numa noite estranha
Que da lembrança nunca mais me sai
Disse que ia brigar na Alemanha
E desde então, não vejo mais o meu papai


Ele escrevia sempre
Mamãe lia suas cartas baixinho e devagar
“Eu voltarei em breve” dizia
“A guerra está prestes a acabar”


Depois passaram meses e muitos dias
Notícia alguma de meu papai não veio
E mamãe, na maior das agonias
Esperava a mensagem do correio


Nada vinha, o silêncio era completo
E a razão até agora eu não sei bem
Mamãe passou a se vestir de preto
E nunca mais sorriu para ninguém


Até que enfim, com a última batalha
Só de lembrar o coração me dói
O correio nos trouxe uma medalha
Com as cinco letras da palavra "H-e-r-ó-i"



Eu que tenho o coração feito em brasa
Nessa noite em que pedir-te venho
Todos tem o seu papai dentro de casa
Só eu, Papai Noel, é que não tenho


Por que Papai Noel
Essas coisas que na alma me corrói
Se os heróis não voltam para casa
Será que vale a pena ser herói?


Papai Noel meu santo e bom paizinho
Meu coração te pede sem revolta
Eu sei que você vai dar um jeitinho
E mandar o meu papai de volta



E a pobre criança dormiu abraçada com um retrato
O seu sono manso, plácido e infantil
E encontrou de manhã em seu sapato
Uma enorme bandeira do Brasil


terça-feira, 3 de agosto de 2010

o link do medo

-->
...e tudo o que eu disse foi usado contra mim

abaixo, o link do medo. Depois, meu comentário que deu pano pra manga.
http://ievy.com.br/v2/?p=1281&cpage=1#comment-1309 




Igreja Medieval de Vila Yara: mantêm os crentes com os temores, fobias, tiranias, ignorâncias e barganhas diabólicas da chamada Idade das Trevas!

Corrompe a genuína fé em nosso Senhor Jesus Cristo, ensinando que se não der o dízimo você vai para o inferno.

Como se salvação fosse comprada com ouro ou prata.. Eu sei pela Luz do Evangelho que tão somente pelo sangue de Jesus; sangue como de cordeiro sem defeito e sem mácula, manifestado hoje por amor de nós, porém, com efeito, conhecido antes da fundação mundo, sou salva e já está PAGO.

A salvação jamais seria comprada! Bençaos não são compradas!

Quanta mentira...

Pela Graça —favor imerecido— sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem de obras para que ninguém se glorie! 

Morreu o rico e foi para o inferno! Morreu Lazaro, o mendigo, e foi para o céu! Quem foi para o inferno tinha dinheiro para dar. Quem foi para o céu não tinha dinheiro para dar.

O tal pastor diz tais coisas apenas para pegar as "cabecinhas fracas" e manipulá-las no sentido de que cumpram as ordens, como um carrasco de almas que se intitula de pastor.

Francamente..

Deus ama a quem dá com alegria.

O “dizimo” não é uma prestação, uma mensalidade celestial pra gente ter garantia de bons negócios.

Davi não era dizimista: ele dava a Vida.

E Jesus, era? Será que Ele deu somente o dízimo da Graça na Cruz?

Paulo cobrou alguma coisa de alguém?

...de tudo prestarás conta....


Giovanna Gallafrio, combatendo o bom combate.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A ERA DA PSICOPATIA




Jesus disse que o esfriamento do amor faria a iniqüidade se multiplicar na Terra. Por outro lado, a multiplicação da iniqüidade esfria todo amor.
Portanto, seja porque o amor esfriou ou porque a iniqüidade se multiplicou, o resultado é o mesmo: a Era do Gelo Final; os homens sem afeto; a vida sem amor; a existência como arte predatória e desalmada.

Hoje a Psicopatia é o mal da Era!

Já foi a Histeria, depois a Depressão, depois o Pânico, e, agora, a Psicopatia.

E pior: não há medicação para fazer amar com amor divino, sublime e verdadeiro!

E mais angustiante ainda:...
De acordo com Paulo em II Timóteo 3, tal Psicopatia atingiria inclusive os crentes dos últimos dias.

Inafetividade, implacabilidade, arrogância, frieza, desconsideração, irreverência, culto ao próprio ego, e, sobretudo, hipocrisia; pois, têm forma de piedade, mas são filhos da Peidade; falam de Deus, porém O negam por suas próprias obras más; sobretudo O negam por suas ações de manipulação do próximo e de sedução dele.
Psicopatia tem graus, níveis e estágios!...
Entretanto, sua maior marca é a falta de culpa quando se erra..., de arrependimento a fim de consertar o erro..., e de afetividade, no caso de nada se sentir quando se ofende o próximo!...

Veja se apesar de todos os cultos que você freqüenta sua alma já não é a de um psicopata.

Sem a prática constante do amor e sem que se exercite nele, toda alma cairá na psicopatia como doença global.

Já é fato; mas ficará tão pior que o Goleiro Bruno nem no banco desse time ficará!
Pense nisso; mas, sobretudo, olhe para o seu próprio coração.

Nele, com o amor que salva da Psicopatia desta Era,

Caio
1 de agosto de 2010
Lago Norte
Brasília
DF

sábado, 31 de julho de 2010

Anne Rice abandona o cristianismo

http://www.pavablog.com/2010/07/30/anne-rice-anuncia-no-facebook-que-esta-abandonando-o-cristianismo/

Acompanho um blog   http://www.pavablog.com    que aliás, eu recomendo pra vc não ficar procurando porcariada na net...

Hoje, @pavarini , dono do blog, postou uma notícia que me deixou alegre. Sei que é confuso para alguns..e eu desejo e oro para que a Revelação se manifeste a cada um. Que uma nova consciência se estabeleça pra honra e Glória do Senhor Jesus.

Confira o que penso após ter passado 25 anos aprisionada em igrejas evagélicas e seu poder opressor.

Obrigada, Meu Pai Santo! A Tua Graça me libertou!



==>>Comentários sobre a decisão de Anne Rice:



Debby: Acho que a posição dela é meio extremista e a influência que tem como escritora provoca nas pessoas a vontade de fazer o mesmo (refiro-me aos que estão desorientados e se deixam influenciar por isso). Sei que servir a Cristo é mais importante do que a instituição religiosa, mas a moda dos últimos tempos é ser cristão em casa. Muito cômodo, não?




Giovanna Gallafrio: Mais uma que se libertou dessa delegacia de costumes!

Seja livre na liberdade do Espírito Santo, que nos dá entendimento e compreensão da Palavra de Deus e não por intermédio de homens!

Fiquei feliz demais com essa boa nova!! :)

Só quem viveu anos dentro de igrejas (principalmente envangélicas) sabe os traumas na alma e lavagem cerebral de doutrinas anti-Evagelho.

Pensem nisso.



Minha Resposta à Debby: vc diz que Anne Rice pode influenciar aqueles que estão "desorientados" e depois diz "Sei que servir a Cristo é mais importante do que a instituição religiosa"... depois diz "mas a moda dos últimos tempos é ser cristão em casa. Muito cômodo, não?"

1o- a igreja é a maior influenciadora, inconsequente, manipuladora, maldosa e perversa que existe, cheia de autoridade e hierarquias.

2o- a igreja faz lavagem cerebral na vida das pessoas que por muitas vezes essas adoecem, patologicamente falando e aí sim, ficam desorientadas, depressivas e decepcionadas. Não é a toa que 70% dos pacientes em consultorios psiquiatricos são ou eram de igrejas, em sua maioria, evangélicas. Pesquise esses dados e ficará surpresa.

3o- se vc mesma sabe que servir Jesus é mais importante que instituições religiosas, é pq deve ter lido os testemunhos do Evangelho que dizem que Cristo jamais levantou qualquer bandeira, jamais criou religião, jamais criou igrejas. Ele diz apenas de uma: a Igreja. Todos os servos do Pai.

4o- Jesus deixou Seu Espírito Santo para que nos desse a Luz do Entendimento do Evangelho, portanto, é no silêncio do meu quarto que eu vejo maravilhas e o poder de Deus operando em mim e na vida de todos que se relacionam comigo. O Sal dentro do saleiro não faz a menor diferença.

5o- se vc diz "mas a moda dos últimos tempos é ser cristão em casa. Muito cômodo, não?" é pq vc sabe o quanto é CHATO ir pra igreja e ouvir um monte de asneiras de hipocritas. Servir Jesus é cômodo, pois Ele nos ama apesar de ser quem somos. Essa é a Graça. Isso é cômodo e os crentes não aprenderam a desfrutar da comodidade da Graça. E é por isso que incomoda tanto.

Que O Espírito de Deus derrame discernimento em nossas mentes todos os dias para que possamos viver em harmonia, sem julgar ao próximo, experimentar o amor e o significado da Cruz e o poder curador e libertador da Graça.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Il Divo - Hallelujah

sábado, 24 de julho de 2010

10 princípios para uma vida bem sucedida




1-Quando você assumir sua vocação para ser, as outras pessoas vão "encontrar" você.

2-Creia que seu dia ganha força e energia espiritual quando você ora.
Ofereça a Deus os potenciais e as possibilidades que cada fato, percepção ou impressão lhe trazem ao coração.

3-Dê atenção aos seus sonhos noturnos e aos seus sentimentos perceptivos. Quando você tiver uma "impressão", não a despreze de cara. Medite. Ore. Discirna. A resposta pode estar no passado. Mas, às vezes, trata-se de uma intuição profética. Pode ser um alerta sobre o futuro. Nesse caso, ore, corrija a rota e prossiga.

4-Creia que quando alguém ama a Deus e ao próximo e respeita a vida, então tudo ganha sincronicidade e conectividade.

­5-Creia que a leitura bíblica feita com os olhos do coração ilumina a alma e os caminhos da Terra. Ler a Bíblia é importante. Mas lê-la com os olhos da alma é essencial.

6-Creia que uma atitude mental positiva tanto é resultado de uma espiritualidade sadia como também pavimenta o caminho de todo ser humano bem-sucedido.

7-Creia que generosidade e dadivosidade são forças espirituais poderosas que atraem para quem as pratica as melhores oportunidades e possibilidades da vida.

8-Creia que o que diferencia o fazer do não-fazer é apenas uma decisão seguida de gesto simples. Assim sendo, nunca adie o início de qualquer coisa na qual você acredita se a oportunidade se apresentar e seu coração responder com paz e fé.

9-Creia que a melhor composição de imagem exterior e de virtude interior para um cristão é aquela que combina a "simplicidade dos pombos" (imagem exterior) com a "prudência das serpentes" (virtude interior). Sendo assim, seja astuto por dentro e simples por fora. Sempre dá certo e protege a vida.

10-A maior bênção de possuir uma consciência é poder usá-la para auto-examinar-se todos os dias. Quem se auto-examina resiste melhor às criticas, pois se utiliza delas para diminuir seus próprios equívocos, e se mostra imune a eles quando a consciência o convence de estar fazendo aquilo que é certo.

Caio Fabio

segunda-feira, 19 de julho de 2010

A PIOR DOENÇA: UMA DISPOSIÇÃO MENTAL REPROVÁVEL


A capacidade de “deter a verdade pela injustiça” sempre se faz acompanhar de desprezo pela consciência e pela intuição acerca do que é genuinamente divino. Ora, quando alguém abraça tal determinação interior, ela acaba por criar “uma disposição mental reprovável”, conforme Paulo em Romanos 1.

Ou seja: se cronifica no ser uma percepção essencialmente pervertida na sua apreciação de todas as coisas.

Além disso, a “disposição mental reprovável” é também resultado direto de alguém cultuar o homem, seja ele próprio o objeto do culto (narcisismo) ou qualquer outro homem (idolatria); seja pela via do egocentrismo como culto existencial, seja pela entrega a paixões adoecedoras da alma.

Quando se está disposto a trocar a verdade pela mentira, e a intuição do divino pela construção própria de qualquer forma de “Deus conveniente”, aparece imediatamente. Então, vem o culto de si mesmo. E com ele nasce a disposição mental que se entrega com avidez a toda sorte de paixões que apareçam na alma; além disso, a alma adoece tanto que também as cria de modo fantasioso.

Isto acontece porque tais violações da consciência implantam no ser a vontade de apenas ser-para-si, e isto acima de tudo. Daí a própria alma acabar por construir seus próprios deuses—concretos ou apenas imaginativos—, os quais existem para reforçar a disposição interior de agir conforme apenas o desejo pessoal já adoecido.

Desse modo não somente deuses de pau, pedra, madeira, gesso ou ouro são construídos, mas também deuses abstratos, e que podem até mesmo ser chamados apenas de “Deus”, mas que nada mais são que “construções abstratas” que existem a fim de legitimar as paixões da alma adoecida.

Nesse caso, o “Deus” de cada um fica exatamente do tamanho da perversa paixão que alguém deseja expressar. Isto porque a “disposição mental reprovável” precisa de “deuses” que lhe dêem reforço e validação. Daí as grandes perversões da mente serem fruto direto das adoecidas paixões que se colocaram acima de qualquer coisa, fazendo com que a pessoa (ou sociedade, no caso de virar cultura) se entregue a si mesma como se isso fosse uma lei divina.

Digo isto porque todos nós trazemos a norma da lei gravada em nossos corações. Ora, a fim de esquecer de tal norma inata é que criamos deuses que sejam “camaradas” em relação aos nossos próprios desejos e paixões; ou que “demandem” de nós como sacrifício os nossos maiores desejos e paixões, incluindo, nesse caso, todas as formas de sado-masoquismo, especialmente os de natureza psicológica sutil.

Seja como for, a “disposição mental reprovável” é sempre culto a si mesmo, privilegiando toda sorte de paixões, as quais, terminam por escravizar a pessoa a seus próprios processos mentais, todos eles emulados pelas pulsões-paixões que eclodem do interior e se tornam “senhoras do destino” dos homens e mulheres que a elas se entregam.

Quando tal estado se estabelece o sentido de realidade acaba, posto que aqueles que a tais forças se entregam, perdem a capacidade de ver o todo da realidade possível, e, assim, mergulham cegos no mundo governado pelos instintos e paixões, a ponto de apenas conseguirem enxergar a si mesmos, dessa forma eliminando da percepção qualquer outro valor que não sirva aos propósitos da entrega para praticar “coisas inconvenientes”.

Daí o resultado dessa instalação mental ser a deterioração do ser, colocando o individuo no caminho da inafetividade, da busca implacável da realização de seus próprios desejos, e cegando-o para a realidade maior, e que inclui a todos os seres humanos.

Desse modo é que alguém possuído pela “disposição mental reprovável” não consegue ver mais nada além de sua própria pulsão e paixão, tornando-se o centro de qualquer mundo, e jogando para escanteio qualquer interesse humano ou mesmo divino.

O problema é que esse “estado mental”, uma vez instalado, não acaba apenas porque alguém se “converteu” ao “Deus das Escrituras”, pois, mesmo dentro do ambiente dos “convertidos”, a disposição mental reprovável encontra seu caminho.

Não faz objetos de cultos, mas cultua o desejo e a paixão como deuses existenciais, e, nesse caso, tais desejos e paixões podem até deixar de ser de natureza sexual ou explicitamente hedonista, podendo simplesmente aparecer como vaidade pela posição de si mesmo como objeto de “culto” dos outros, no panteão das falsas importâncias.

Daí, não raramente, se poder ver pessoas “cultuando a Deus”, mas que trazem em si a doença do estado mental reprovável. Isto porque se tornam como aqueles que “aprendem, aprendem, sem jamais chegar ao pleno conhecimento da verdade”.

No meio cristão o tal “estado mental” é visto quase sempre apenas como uma maligna possibilidade das mentes pagãs. Nesse caso os cristãos estão esquecidos que o “estado mental reprovável” não se faz necessariamente conhecer pelos objetos que explicitamente confessa cultuar, mas, sobretudo, pelos resultados existenciais que se fazem produzir na vida.

O “estado mental reprovável” sempre gera grandes surubas humanas, conforme Romanos 1. Ora, tais surubas também podem ter cara cristã, e podem se disfarçar sob as mascaras da moral e da piedade “para fora”; embora, no interior, causem toda sorte de desconstrução. Digo isto porque onde quer que alguém se torne o centro absoluto para si mesmo, aí haverá toda sorte de resultados ruins, os quais podem também se manifestar com as caras religiosas que vemos à nossa volta.

Sim, a “disposição mental reprovável” é o que faz a pessoa se entregar às suas próprias paixões, sejam elas quais forem, mas que acontecem como absolutização do desejo pessoal contra toda e qualquer manifestação da verdade.

Ora, tal obsessão pode levar o individuo à suruba romana ou a qualquer outra forma de promiscuidade para a alma, incluindo a suruba religiosa. Por suruba religiosa eu quero falar da vontade obstinada de aparecer ante os sentidos de todos, mesmo que isso acabe com a própria essência do Evangelho na alma do indivíduo.

cultuador no lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém.

A “disposição mental reprovável” sempre cria objetos de culto, seja na forma de um deus pagão, seja na forma de um deus cristão. Entre os cristãos tais “deuses” podem ser identificados desde o culto à piedade pessoal, ao culto à igreja, ao culto à moral, ao culto ao poder, ao culto ao dinheiro,à prosperidade, e ao culto a um homem, normalmente alguém que passa a ocupar o lugar de Deus na alma humana, em alguma assembléia de cristãos idolatras.

Ora, essa tal disposição mental é doença em-si-mesma. E ela tem o poder de cegar a pessoa para a realidade conforme o que seja amor.

Além disso, os que se deixam levar por ela perdem a capacidade de amar, obedecendo apenas ao poder das pulsões pelas quais se deixam governar.

No entanto, eu diria que tal disposição mental acaba por se tornar “cultura”. Ora, quando ela se torna cultura, algo terrível acontece, posto que se torna um modo coletivo de pensar e sentir, o qual falsifica toda realidade possível.

Um homem entregue a uma “disposição mental reprovável” se torna o centro de qualquer mundo, e nada mais enxerga além de seus próprios interesses, tornando-se assim a medida de todas as coisas, o que Jesus disse que jamais deveria acontecer.

O mandamento para não julgar—afinal, as medidas do julgamento voltam-se como juízo sobre o julgador—é também um mandamento para que ninguém se torne a medida de todas as coisas, pois, quem julga, chama para si mesmo tal categoria de centro regulador da vida.

Libertar-se do “estado mental reprovável” é um desafio para toda alma.

Sem que se fique liberto disso—num exercício diário de conferencia entre a consciência o significado do amor—, ninguém consegue amar e dar-se em amor.

O pior de tudo é que esse estado mental é vicioso, e tem o poder de perverter todos os sentidos. Daí que todo aquele que a ele se entrega não mais poder percebe-lo. E, assim, sem que o saiba, muitas vezes passa a chamar a mentira de verdade, a injustiça de direito, e a paixão obcecadamente adoecida de amor irreprimível.

Não é de admirar que com tal estado se vá toda “afeição natural”, conforme diz Paulo.

Cada um de nós deve se perguntar diariamente se suas idéias e percepções são sadias, ou se vieram a tornar-se filhas e fruto de um estado reprovável na mente.

Tal checagem da mente deve ser feita sempre, posto que a possibilidade da perversão mental é real, porém muito sutil. E a única forma de se controlar os possíveis surtos que remetem a tal estado mental, é preservando a mente conforme o Evangelho; o que, na pratica, significa buscar fazer aos outros o que se quer que seja feito a nós, especialmente quando nós podemos fazer o exercício de nos vermos sob profunda necessidade, e carentes de toda ajuda do próximo.

Quanto ao mais, tem-se que manter a mente sob o controle da lei do amor, pois, do contrário, a legislação do egoísmo acaba por estabelecer o “estado mental reprovável”, o qual é a própria corrupção do ser, e a mais terrível doença da mente, posto que não necessariamente enlouquece de modo diagnosticável, mas é loucura existencial e sensorial em si mesma.


Pense nisto!




Caio